Pseudoplaquetopenia em paciente submetida esplenectomia de bao acessrio: relato de caso
JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Os testes de coagulacao (hemograma e tempo de protrombina) foram inicialmente concebidos como uma forma de rastrear e acompanhar coagulopatias congenitas raras e o hemograma e o que fornece o numero de plaquetas por milimetro cubico. O objetivo deste relato foi apresentar o caso de uma paciente que apresentava um numero de plaquetas extremamente baixo quando sua amostra de sangue era analisada em tubo com EDTA e um numero normal quando analisada com citrato, alertando para o risco de administracao erronea de hemoderivados. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 40 anos, ASA II. Em 2001, apresentou plaquetopenia no hemograma e foi encaminhada para o hematologista em Manaus, AM, sendo realizada esplenectomia nesse mesmo ano, com diagnostico de purpura trombocitopenica idiopatica. Com a persistencia da plaquetopenia nos hemogramas foi verificado na ecografia de abdomen: imagem hipoecoica de ecotextura semelhante a esplenica, medindo 2,0 × 1,7 cm, forma esferica, conteudo bem definido (baco acessorio) e indicada esplenectomia de baco acessorio. Apos uma hora de operacao, foram colhidas amostras para hemograma e bioquimica: Hb = 11,3 g.dL-1; Ht = 33,4%; Plaquetas = 35.000.µL-1; TAP = 15,2 (86,0% Atividade) (RNI = 1,09). Em virtude do sangramento minimo no campo cirurgico, foi solicitado novo exame com citrato para dosagem de plaquetas (resultado: 138.000 plaquetas). CONCLUSOES: O resultado anomalo em um exame isolado sem correspondencia com a clinica do paciente nao deve guiar a terapeutica. Todos os exames tem uma porcentagem definida de erros, e a busca desses erros tecnicos impede que uma terapeutica erronea seja usada.